Água limpa não é sinônimo de água potável. Ter ciência desta diferença faz com que a gente fique mais atento quanto à qualidade da água que ingerimos diariamente. As fontes de água doce representam apenas 2,5% de toda a água disponível no planeta que pode ser consumida, porém com os mais diversos casos de poluição, nem mesmo aquele riacho no meio da selva está a salvo.
De forma resumida, água potável é aquela que se encontra própria para consumo. Isso significa que ela deve estar livre de substâncias e organismos que possam trazer doenças ao ser humano. Para que seja considerada potável, é fundamental analisar suas características físicas, químicas, biológicas e até mesmo radioativas.
Contaminações por vírus, bactérias e substâncias tóxicas não podem ser vistas, na maioria das vezes, a olho nu. Então, por mais que a água de um rio seja cristalina, isso não a torna própria para consumo.
Por isso, além de não possuir cheiro, cor ou gosto, a análise de outros fatores também deve ser realizada para garantir a qualidade da água em questão. Estes parâmetros são determinados pelo Ministério da Saúde que regulamenta o tratamento necessário para que a água chegue na torneira sem proporcionar riscos à saúde.
Existem alguns indicadores analisados para garantir a potabilidade da água. São mais de 90 parâmetros presentes na Portaria de Consolidação nº 5 e demais resoluções da CONAMA, mas as principais características são as seguintes:
A turbidez é um parâmetro físico que mede a propriedade óptica de reflexão e absorção da luz. Essa característica é analisada de acordo com a quantidade de partículas em suspensão, responsáveis pela interferência na propagação de luz pela água. Este é um parâmetro de fácil análise e utilizado com frequência no acompanhamento dos tratamentos.
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A água potável deve ser incolor. Portanto, se a mesma apresenta algum tipo de coloração significa que há substâncias diluídas e que podem ser nocivas à saúde. Normalmente, isso indica altos níveis de elementos como ferro, manganês e até mesmo a presença de algas.
Os coliformes totais são microrganismos que estão presentes naturalmente na água, solo e vegetação. Sua presença nem sempre significa contaminação, mas que a água não é potável. A presença da bactéria Escherichia coli (E. coli), no entanto, é um sinal de alerta para a presença de patógenos causadores de doenças.
O cloro é uma substância utilizada nas estações de tratamento de água para eliminar microrganismos presentes na água. Sua quantidade é normatizada, porém sabe-se que nem sempre os padrões são mantidos e, algumas vezes, a água tratada que chega na torneira possui excesso de cloro. Sua ingestão em pouca quantidade, porém de forma frequente, pode causar intoxicações e problemas ao organismo.
O potencial hidrogeniônico (pH) da água mede a concentração de íons H+ em uma solução. Essa característica indica se a água está ácida (pH baixo), neutra (pH = 7,0) ou alcalina (pH alto).
A forma mais eficiente para garantir que sua família terá água potável e pura para beber em casa é utilizando filtros e purificadores de água. De acordo com o modelo escolhido, ele é capaz de eliminar o excesso de cloro na água, retirar gosto e odores e microrganismos que podem estar na água devido a contaminação nas tubulações públicas de água ou nos encanamentos das residências.
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